imunoterapia câncer de mama

Imunoterapia no tratamento do Câncer de Mama

O FDA (US Food and Drug Administration), órgão norte-americano responsável pelo controle e regulamentação de alimentos e fármacos, aprovou no dia 11 de março o primeiro tratamento imunoterápico para câncer de mama. O tratamento é composto pela combinação de duas drogas (atezolizumabe e nab-paclitaxel), e destina-se às pessoas com câncer de mama localmente avançado ou metastático do tipo triplo negativo. Isso é significativo porque há poucos tratamentos disponíveis para esse subtipo de tumor de mama, neste estágio.

O atezolizumabe é uma droga que bloqueia a PD-L1, uma proteína existente em algumas células tumorais e que impede a atuação do sistema imunológico. Já é um medicamento liberado para o tratamento de certos tipos de câncer de bexiga e pulmão. Já o nab-paclitaxel é uma modalidade de quimioterapia. A combinação é aprovada para pessoas com câncer de mama triplo negativo cujos testes constatem a presença da PD-L1.

O FDA baseou sua decisão em um estudo com 902 mulheres que mostrou avanço na sobrevida livre de progressão e na sobrevida global com o novo tratamento. Efeitos colaterais mais comuns foram náusea, neuropatia periférica, anemia e fadiga. No Brasil, as duas drogas são medicações disponíveis para tratamentos de outras neoplasias, não sendo ainda aprovados para uso em câncer de mama.