Na última década, a relação entre o câncer de mama e cardiotoxidade têm sido foco de pesquisas, uma vez que certos tratamentos oncológicos – como a quimioterapia, a imunoterapia e a radioterapia – podem aumentar o risco de doença cardiovascular (DCV). O campo da cardio-oncologia surgiu em resposta à necessidade de fornecer a melhor terapia sem comprometer a saúde cardiovascular.
A DCV e o câncer de mama possuem vários fatores de risco que se sobrepõem, como como idade, tabagismo, dieta, obesidade e sedentarismo. Para mulheres com doença cardíaca preexistente isso poderá influenciar na terapêutica, com a omissão de tratamentos, diminuindo as taxas de cura da doença.
Com base nessas evidências, a American Heart Association fez um pronunciamento sobre o tema: para alguns sobreviventes do câncer de mama – em particular nas mulheres idosas e na pós-menopausa – o risco de morrer de uma DCV pode exceder o risco de recidiva do tumor, segundo os autores.
O texto fornece uma visão abrangente da prevalência dessas doenças, dos fatores de risco combinados, dos efeitos cardiotóxicos das terapias e da prevenção e tratamento de DCV em pacientes com neoplasia de mama.