Por falta de conhecimento sobre a doença, os homens demoram a procurar ajuda médica
A maioria das doenças mamárias masculinas é de caráter benigno, sendo a ginecomastia a mais comum, englobando 85% das consultas. O câncer de mama em homens acomete cerca de 1% deles. Um levantamento realizado pela Unicamp (Revista Brasileira de Mastologia, em 2013, revelou doze pacientes (0,57%) masculinos atendidos na instituição entre janeiro de 2005 e dezembro de 2009, num total de 2100 doentes com neoplasia mamária.
Em decorrência do desconhecimento da maior parte da população sobre a possibilidade de ocorrência em homens, esses pacientes demoram mais a procurar auxílio médico, o que causa atraso no diagnóstico e apresentação em estágios clínicos mais avançados, impactando negativamente nas chances de cura da doença.
Os sintomas
A grande maioria dos tumores de mama masculino apresenta-se como nódulo palpável. A partir de uma queixa clínica, o paciente busca o atendimento médico para avaliação, usualmente após um grande intervalo de tempo entre a detecção do problema e a consulta médica. Em geral, esse tempo é de quatro meses, podendo chegar a dezoito meses.
Não existe um programa de rastreamento específico para os homens. Os pacientes que apresentam fatores de risco importantes como alterações do perfil hormonal (causada pela cirrose, uso de esteroides e alterações testiculares), história familiar relevante, história pessoal de CM ou mutação genética (sendo a mutação no gene BRCA2 a mais comumente identificada), são avaliados individualmente, e não a nível populacional.
O tratamento é realizado de acordo com os mesmos protocolos de tratamento do CM feminino, sendo primordialmente cirúrgico e pode ser complementado com quimioterapia (neoadjuvante ou adjuvante), radioterapia e hormonioterapia, se indicada.
Para ver a matéria no site da Revista Veja, clique no botão abaixo: