Sim, o médico é a melhor pessoa para indicar ou não a realização de um teste genético. Cerca de 10% das pessoas com câncer podem ter câncer hereditário, ou seja, o teste não é para todos. Além disso, para realização do teste genético, faz parte um processo chamado aconselhamento genético, no qual se acompanha o paciente em toda sua trajetória, desde a decisão de se fazer ou não um teste, e a interpretação do seu resultado.
Em geral, o exame genético pode ser considerado relevante nos seguintes casos:
– câncer em ambas as mamas ou com histórico de múltiplos cânceres de mama;
– história familiar (mais de 2 casos) de câncer de mama em parentes de até terceiro grau do lado materno ou paterno que desenvolveram câncer de mama;
– presença de duas pessoas com câncer do mesmo lado da família (do pai ou da mãe), uma delas com menos de 50 anos de idade;
– parente de primeiro ou segundo grau que apresentou câncer de mama com idade abaixo dos 45 anos de idade;
– membros da mesma família com genes mutados associados ao câncer de mama
– história familiar de até terceiro grau de câncer de ovário
– história familiar de câncer de próstata (mais de 2 casos) agressivo (gleason maior que 7) ou de câncer de pâncreas.
– etnia judia Ashkenazi.
Se o resultado dos exames indicar a presença de mutações, o médico poderá adotar uma conduta de controle com a realização de exames clínicos e de imagens mais frequentes, usar medicamentos que tenham uma capacidade preventiva, ou, então, recomendar a cirurgia redutora de risco (ou profilática) tanto de mamas quanto de ovários, dependendo do gene alterado.