A Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) publicou recentemente um parecer clínico atualizado para rastreamento e tratamento da hepatite B em pessoas que serão submetidas a tratamento quimioterápico. A hepatite B é um vírus que infecta o fígado e pode causar complicações. A atualização do parecer apresenta uma abordagem clinica pragmática para a triagem e tratamento do vírus da hepatite B (HBV).
Segundo a ASCO, todos os pacientes que realizarão quimioterapia devem ser testados para HBV por 3 testes – antígeno de superfície da hepatite B (HBsAg), anticorpo central da hepatite B (anti-HBc) imunoglobulina total (Ig) ou IgG e anticorpo para antígeno de superfície da hepatite B – mas, sem atrasar o tratamento.
Os achados de infecção crônica por HBV (HBsAg-positivo) ou infecção passada por HBV (HBsAg-negativo e anti-HBc-positivo) requerem avaliação de risco de reativação do vírus. Pacientes com HBV crônico recebendo qualquer droga anti-neoplásica sistêmica devem receber terapia profilática antiviral durante o tratamento e no mínimo 12 meses após o seu término.
A terapia hormonal isolada não deve representar um risco substancial de reativação do HBV em pacientes crônicos. O monitoramento cuidadoso pode ser uma alternativa, de forma que a terapia antiviral possa começar ao primeiro sinal de reativação. Pacientes com HBV anterior submetidos a terapias sistêmicas são claramente associadas a alto risco de reativação de HBV e devem ser monitorados com HBsAg e alanina aminotransferase durante o tratamento do câncer; a terapia antiviral deve ser iniciada se ocorrer reativação do VHB.