gravidez câncer de mama

Gravidez após o tratamento do câncer de mama em pacientes BRCA mutadas

Sabemos que a gravidez após o câncer de mama não aumenta o risco de recorrência; no entanto, dados limitados estão disponíveis em pacientes com mutações. O maior estudo, até o momento, especificamente desenvolvido para abordar questões relacionadas à segurança da gravidez após o tratamento da neoplasia em pacientes BRCA mutadas foi publicado neste mês de julho.

O planejamento familiar representa uma área prioritária de preocupação com uma proporção significativa de mulheres jovens com câncer de mama recém-diagnosticado. Como consequência da tendência atual de se postergar a gravidez, há um número crescente de pacientes jovens diagnosticadas antes da definição de sua prole. Aproximadamente 12% das neoplasias mamárias que surgem na idade dos 40 anos estão relacionados à presença mutações hereditárias (genes BRCA1 e / ou BRCA2, principalmente). Essas pacientes podem ter uma reserva ovariana e fertilidade potencialmente reduzidas, portanto, considerações sobre reprodução e planejamento familiar podem ser particularmente angustiantes nesse grupo de pacientes.

O estudo acompanhou mulheres diagnosticadas entre janeiro de 2000 e dezembro de 2012, com tumores de mama em estágio inicial, com idade inferior a 40 anos e que possuíam mutações deletérias em BRCA. Essas pacientes foram avaliadas por cerca de 8,3 anos e concluiu-se que a gravidez após o tratamento oncológico é segura, sem aparente piora do prognóstico materno e está associado a resultados fetais favoráveis. Esses resultados fornecem segurança a essas pacientes interessadas em fertilidade futura.

Fonte: https://www.researchgate.net/publication/343002674_Pregnancy_After_Breast_Cancer_in_Patients_With_Germline_BRCA_Mutations